segunda-feira, agosto 08, 2005

Espectativas

Não podemos querer que as pessoas sejam como queremos que elas sejam. Nem esperar que elas façam o que (e como) esperamos que elas façam. Quanto menos esperarmos, melhor. Assim, diminuem as decepções e aumentam as surpresas. Que sem graça são as surpresas esperadas! Parece até que não passam de obrigação. Mas pior ainda são as espectativas não confirmadas. Podem se tornar, na cabecinha perturbada daquele que espera muito, como obrigações não cumpridas. Sinais de falta de consideração ou até coisa pior. Como se existisse algum compromisso que foi quebrado. O problema é que o outro não assumiu esse compromisso, nem mesmo sabia de sua existência. O coitado carrega uma culpa que não teve. Mas mais coitado ainda é o que espera e sofre sem motivo. Nunca vai estar satisfeito com ninguém. Sempre reclamando da vida e do mundo, de como as pessoas não o valorizam, de como os amigos nunca estão por perto nas horas necessárias. Mas a necessidade é tão grande que nunca será preenchida por ninguém. A não ser por ele mesmo, quando tomar consciência de que seu grau de exigência é impossível de ser atingido por um ser humano, incapaz de ler pensamentos e de estar em vários lugares ao mesmo tempo.

"Saber amar é saber deixar alguém te amar..."

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